quinta-feira, 16 de junho de 2011

INCRÍVEIS BENEFÍCIOS DA AUTO-HEMOTERAPIA (Por Dandara Medeiros)

Genaura Tormin

Um dia de muito trabalho no Tribunal, onde ocupo o cargo de Analista Judiciário!

Aproximava-se o término de prazo para interposição de recursos, por isso muitos advogados se faziam presentes.

Entre eles, uma emergente advogada. Moça simpática, inteligente e bonita. Uma profissional costumeira naquele ambiente. Ao sair deixou-me uma anotação: “Entra no google e pesquisa auto-hemoterapia - trabalho do Dr. Luiz Moura”. Agradeci e guardei a anotação na bolsa.

Hemoterapia, eu sabia que se relacionava a sangue, mas auto-hemoterapia, nunca tinha ouvido falar. Instalou-se em mim uma curiosidade. Fiz a pesquisa e fiquei encantada com o que li.

Dias depois, a mesma advogada passou-me um DVD com uma entrevista do médico LUIZ MOURA.

Diante da figura humana sensível e erudita do médico, que discorria sobre o tema com muita propriedade e conhecimento, fiquei convencida do seu efeito benfazejo, não obstante o ceticismo próprio do cargo de Delegado de Polícia que exerci durante alguns anos. Os irrecusáveis exemplos que permearam a entrevista do médico deram-lhe a credibilidade necessária.

Um processo simples, cuja técnica consiste em colher sangue da veia e injetá-lo no músculo, estimulando assim o Sistema Retículo-Endotelial, aumentando a percentagem de macrófagos, os quais são responsáveis pela limpeza de todo o organismo, aumentando a autodefesa para curar muitas doenças crônicas e prevenir outras tantas.

Chega a ser mesmo uma prática inocente e sem custos financeiros, cuja matéria prima é o próprio sangue da pessoa, pensei.

Resolvi experimentar. Mal, não fará.

Não me julgo uma pessoa doente, pois o que tenho é a sequela de uma mielite transversa que, num dia qualquer da vida, sem aviso prévio, abruptamente meou-me o corpo, tornando-me paraplégica. De brinde, uma cadeira de rodas para deambular e um turbilhão de dificuldades para enfrentar. Uma limitação gritante, uma vez que me vi banida da locomoção e da sensibilidade tátil. Fiquei reduzida a apenas braços e cabeça.

Particularmente, uso sonda vesical para escoar a urina acumulada e o resto comando com a codificação mental, além do exercício da paciência, do improviso e da capacidade para me adaptar.

Assim, sendo uma pessoa adulta, consciente, mulher de um profissional de saúde (dentista), assumi o risco.

Tomei as duas primeiras aplicações da auto-hemoterapia, de 5ml, com o objetivo exclusivo de prevenção, uma vez não cogitar melhoras para a paraplegia, minha companheira inseparável há 25 anos.

Por causa de um grande cisto no ovário, constatado através de ultrassonografia, aumentei a dose para 10ml, aplicados (de uma só vez) na região glútea, de 7 em 7 dias.

Já com vistas a uma intervenção cirúrgica, fiquei estupefata ao fazer outra ultrassonografia, cinco dias depois do primeiro exame, e constatar que o cisto havia desaparecido. ("...Observa-se absorção total da imagem complexa descrita no exame anterior".)

Vítima há anos de uma trombose, que recidivara duas vezes, fiquei com a perna esquerda mais grossa do que a outra, incluindo a nádega, o que me causava um grande problema postural, forçando-me a usar um calço no assento da cadeira, lado direito, para melhorar-me o equilíbrio (medida orientada pelo fisioterapeuta que me assiste há alguns anos).

Qual não fora a surpresa ao notar que não mais precisava do calço e que a perna que sofrera a trombose estava quase igual à outra. Até mesmo para fazer os exercícios, o fisioterapeuta dispensou o calço, usado até então para a obtenção do equilíbrio.

A minha lesão é medular, com ausência de locomoção e sensibilidade a partir do nível T-4 (4ª vértebra torácica), o que significa dizer que estou (ou estava) inerte do peito para baixo.

A medula é basilar para o ser humano. É por meio dela que o cérebro envia as ordens para o funcionamento de todo o organismo. A mielite danifica os nervos e interrompe os fluxos nervosos com perda de sensibilidade. É uma lesão gravíssima. Chama-se Mielite Transversa porque acontece no sentido horizontal. São inúmeras as suas causas. É uma síndrome incapacitante, paralisa tudo o que esteja abaixo dela: pulmão, bexiga, intestino e aparelho sexual, além da locomoção. Se acontecer na porção cervical, a pessoa fica tetraplégica. Pode matar.

Leigamente falando, acho que fui vítima de uma anestesia na região lombar. Talvez tenha sido a Raquidiana ou a Peridural. No meu livro, Pássaro Sem Asas, a partir da 3ª edição, acrescentei um capítulo intitulado ‘Pode ter sido anestesia’, em que conto todos os pormenores a respeito disso.

Estou paraplégica desde os 36 anos de idade. Acredito-me guerreira e a minha bandeira é otimista, razão de todo o meu sucesso como mãe, esposa e profissional. Tenho uma família linda: quatro filhos formados e bem endereçados na vida, além de um marido sempre encantado comigo. Depois de paraplégica ascendi, por concurso, aos cargos de Delegado de Polícia e Analista Judiciário. Luta é minha palavra de comando.

Nesses 25 anos não consegui melhoras no quadro locomotor ou na sensibilidade, a não ser a de cabeça que me endereça sempre ao alto.

Mesmo assim continuo sendo perseguidora de sonhos, pois a paraplegia é apenas uma experiência natural da vida humana. Não é por isso que vou me entregar ao desalento. A vida continua!

Estou fazendo auto-hemoterapia há quatro meses. Nesse ínterim, muita coisa tem mudado. Descubro-me sempre com alguma novidade: a sensibilidade que era na altura dos mamilos (T-4), hoje se encontra pouco acima do umbigo. Sinto, na região lombar, o abraço do encosto da cadeira. Consigo contrair o abdome, o que não fazia antes, pois o diafragma não obedecia ao meu comando. Para tossir tinha que dobrar o tronco sobre os joelhos para conseguir forças para tal.

Hoje consigo mexer a 'bunda' voluntariamente, quando estou em decúbito ventral, conseguindo direcioná-la para a esquerda ou direita, cuja velocidade se soma a cada dia. O equilíbrio melhorou muito, e conseqüentemente a qualidade de vida. Se continuar assim, acredito que vou recuperar o controle natural de minhas necessidades fisiológicas.

Trabalho no Tribunal pela manhã. Todos os dias, após o café, consulto o relógio e se há ainda um tempinho, pego o jornal diário, ocasião em que só leio as manchetes e os subtítulos, tendo em vista estar sem os óculos para leitura. Descobri-me conseguindo ler os textos dos artigos! Não é bom?! A que se deve tudo isso? Não há outra resposta a não ser à auto-hemoterapia, única inovação na rotina diária.

Incrível? É! Inclusive para mim. Mas é VERDADE!

Meu fisioterapeuta a princípio muito reticente teve que aceitar os benefícios da auto-hemoterapia diante das evidências tão significativas.

Os testes comprovam os avanços, que jamais podem ser confundidos com placebos. São reais, físicos, visíveis!

Ninguém melhor para mensurar tais aquisições do que eu, o fisioterapeuta, o meu marido e a minha família.

Não espero andar, mas agradeço muitíssimo as melhoras registradas.

Significam muito para mim!

ATUALIZAÇÃO: 19.04.2007

Continuo encantada com a auto-hemoterapia!
Seis meses já se passaram desde a primeira aplicação.
Continuo fazendo regularmente.

Além dos resultados descritos acima, ainda outros vieram somar.
A pressão arterial que, embora controlada por medicamento, era, por vezes, muito alta, está estabilizada. Outras melhoras diversificadas se registram a cada dia.

A sensibilidade tátil continua em ascensão. Numa constatação tênue, já sinto vontade de evacuar e não mais estou usando fraldas. Vou para o Tribunal sem ela, o que me facilitou muito a vida, principalmente quanto à ida ao banheiro. Diminuiu o tempo e o trabalho de ter que ajustá-la. Realmente, a melhor parte.

Sinto-me disposta, bonita e feliz!

Sou muito agradecida pelo que está acontecendo comigo! E, por vezes, pergunto-me se mereço.

Afinal são 25 anos de paraplegia em que lutei com unhas dentes para conseguir alguma independência.

Para uma pessoa normal isso talvez não signifique muito, mas para mim significa MUITÍSSIMO.
Significa FELICIDADE!

ATUALIZAÇÃO: 28.09.2008

Estou fazendo auto-hemoterapia há dois anos.
Não me reconheço do passado. Estou ótima!

Não consegui andar e nem esperava por isso. Mas muitas outras melhoras se registraram, comprovadas por exames.

Minhas taxas estão excelentes! Tudo dentro da normalidade.
A trombose que tinha na perna esquerda foi, totalmente, recanalizada, conforme exame recente.

Minha estima está em alta! Nunca me senti tão bem!
Lógico, não é uma panacéia para a cura de todas as doenças, nem um milagre ou um passo de mágica, mas, particularmente, posso afirmar que me fez e me faz muito bem. Consegui muito, apesar da faixa etária e dos desgastes naturais dessa idade. Tenho certeza de que se a tivesse conhecido antes, teria vivido muito melhor.

Recebo e-mails, perguntando-me sobre o seu uso, como se eu fosse médica. Não posso responder. Cada um deve decidir por si, mesmo por que o meu conhecimento científico é na área jurídica.

Usar ou não a Auto-hemoterapia é uma questão pessoal. Somos mundos à parte. Temos disposições mentais diferentes. A reposta, acredito também ser diferenciada para cada um.

No meu leigo entendimento, creio que o meu sangue não me pode fazer mal. Não tomamos tantos remédios com terríveis efeitos colaterais?

Penso que antes de tudo a pessoa tem que pesquisar, se informar, assistir várias vezes à entrevista do Dr. Luiz Moura (registrada em DVD, amplamente divulgada na mídia) e formar convicção.

Quando percebi a melhora em mim, fiquei muito eufórica e feliz. Mexer a bunda! Meu Deus! Achei que ia explodir de tanta alegria. Pedi que filmassem, para que eu pudesse ver.

E, como sou poeta, com a sensibilidade à flor da pele, compartilhei com os colegas escritores do Planetaliteratura e do Recanto das Letras.

As leituras hoje, já passam de 48.000. Fico feliz, pois sei que o meu depoimento significa ajuda, uma vez que relatos benfazejos comprovam a eficácia da AH ao longo dos anos. Quantos comentários maravilhosos, incluindo os de alguns médicos, existem no rodapé deste artigo! Com certeza, um manancial para consultas, pois a voz do povo é a voz de Deus, penso eu. Não é possível que todos esses depoimentos sejam mentirosos.

No meu sentimento de amor, gostaria que o tema fosse estudado para melhorar a saúde de todos, principalmente daqueles mais carentes de recursos financeiros.

ATUALIZAÇÃO: 26.11.2009

Continuo fazendo a auto-hemoterapia regularmente. Faz parte da minha vida e a farei sempre.

Tenho LER, por excesso de trabalho, incluisive com o meu corpo, que  o carrego com a força dos braços, nas transferências para o carro, a cadeira, e outros mais. A AH alivia-me um pouco as dores, já que a causa não pode ser evitada, pois a vida continua e é assim o meu jeito de andar ao longo desses 27 anos de paraplegia.  Faço a AH  como se fosse uma manutenção, uma prevenção, pois ela aumenta a auto-defesa.

Realmente, faz a diferença!

O que adquiri, como disse no texto, significa muito, muito mesmo! E eu não posso me esquecer disso.

Não consegui outras aquisições. Mas tudo que adquiri está sendo mantido, penso que se deve a continuidade das aplicações que, para mim, não representam trabalho, mas um grande prazer.

Não tenho atualizado mais frequentemente porque o texto já está bem prolixo e as pessoas não leem.

ATUALIZAÇÃO: 28.05.2011

Novamente aqui para reafirmar que continuo encantada com a Auto-Hemoterapia. Encantada e agradecida! Faço-a regularmente. A LER, praticamente desapareceu, mas hoje trabalho com menos processos. Ajustei o meu trabalho e dei um voto de confiança aos meus braços.

Dentro da minha faixa etária, acho que estou ótima. Não vou andar, mesmo por que nunca esperei por isso.

Entretanto, não se anda apenas com as pernas. O melhor caminhar executa-se com a mente, leve, livre e solta!

E, sabem de uma coisa?
Embora não marque o chão com minhas passadas, o  meu coração é livre, altaneiro e ganha asas, alicerçado sempre na coragem e na alegria de viver.